Atualmente, existem mais de 80 doenças já são tratadas com células-tronco, e diversos estudos científicos estão em fase avançada para o tratamento de outras doenças. As possibilidades de uso das células-tronco no futuro são múltiplas e promissoras.
As células-tronco podem ser classificadas em:
Célula-tronco embrionária
Também chamadas de pluripotentes, se formam após 4 e 5 dias após a fecundação, possuem a habilidade de formar todos os tecidos do corpo.
Células-tronco adultas
Estas se dividem entre:
- hematopoéticas: são encontradas na medula óssea, no sangue periférico e no sangue do cordão umbilical, são responsáveis por formar todo o tecido sanguíneo, com isso, só conseguem se formar em células ligadas ao sangue
- mesenquimais: são encontradas em todos os tecidos do organismo, tirando o sanguíneo, como nos órgãos, ossos, dentes de leite, medula óssea, entre outros, possuindo um potencial maior do que as hematopoéticas, pois possuem a capacidade de liberar substancias anti-inflamatórias e se diferenciam em vários tecidos.
Doenças que podem ser tratadas com o uso de células-tronco:
- Células-tronco hematopoéticas: esse tipo específico de células-tronco, como são ligadas ao sangue, tratam doenças sanguíneas, como a leucemia, linfoma e anemia falciforme, tento resultados claros e aceitos no mundo todo.
- Células-tronco mesenquimais: como foram descobertas a pouco tempo, não há um resultado comprovado, mas os resultados obtidos até agora foram promissores, pois tem a capacidade de diminuir a morte celular, inflamação e sistema imunológico, tendo a possível capacidade de tratar doenças cardiovasculares, diabetes tipo 1 e lesões na medula espinhal.
Ainda existem muitas dúvidas sobre armazenar ou não o cordão umbilical.
Como o cordão umbilical possui muitas células-tronco hematopoéticas, muitos pais têm optado pelo armazenamento do cordão umbilical, porém é preciso levar em conta diversos fatores:
- como muitas doenças ligadas ao sangue possuem um fundo genético, é bem provável que a alteração já esteja dentro dessas células-tronco hematopoéticas, o que impede a pessoa de futuramente usar as células de seu próprio cordão umbilical
- Caso uma família já tenha uma criança com problemas ligados ao sangue, como a leucemia, por exemplo, e ganha um novo bebê, é recomendado que guarde as células-tronco do recém-nascido, pois a chance de compatibilidade entre irmãos é extremamente alta.
- Ao invés de guardar apenas o cordão umbilical, seria bom preservar também o próprio tecido, pois é rico em células-tronco mesenquimais, que abrangem uma quantidade maior de uso. Entretanto, embora já existam lugares que preservem este tipo de célula, ainda não é possível para o tratamento de doenças, pois ainda está em fase de pesquisa, e não é possível saber em quanto tempo já poderão ser usadas em tratamentos.
- Apesar das células-tronco do cordão umbilical serem jovens e com uma boa capacidade de regeneração dos tecidos, elas são tão efetivas quanto as extraídas da medula óssea de um adulto, por isso, é possível coletar em qualquer momento da vida, não somente na hora do parto.
As células-tronco do cordão umbilical podem ser armazenadas nos bancos públicos e privados.
Nos bancos públicos, é possível somente guardar as células-tronco hematopoéticas, pois apenas guardam o que possui evidências científicas. O material coletado fica disponível para qualquer pessoa que necessite, e é necessário a gestante atender alguns critérios, como ter mais de 18 anos, realizar no mínimo 2 consultas de pré-natal documentada, não possuir câncer ou doenças hematológicas (ligadas ao sangue) e estar com idade gestacional acima de 35 semanas no momento da coleta.
Já os bancos privados, há lugares em que é possível guardar ambos os tipos de células-tronco (hematopoéticas e mesenquimais), o material fica guardado exclusivamente para a pessoa que armazenou, e precisa pagar uma taxa inicial e depois uma taxa anualmente.
Atenção quanto a durabilidade da célula no congelamento!
Como são armazenadas em temperaturas baixíssimas, é possível que possam ser armazenadas por muito tempo sem comprometimento, sendo a amostra mais antiga tendo 20 anos. Entretanto, quando descongelados pela primeira vez, não é possível passar por um novo processo de congelamento.
Fontes: https://www.cellpreserve.com.br/celulastroncooquesao
Pediatria Dupla Carioca
Dra. Ana Barroso CRM 520154082
Dra. Thatiana Peixoto CRM 521035460